texto por: Ananda
  
O prana é a energial vital, a força mantenedora da vida que se encontra em  toda a criação e da qual todos os seres viventes precisam. Sua manifestação  física mais fiel é a respiração, esse processo involuntário que é, em si, a  representação da vida. Necessitamos da energia vital, seja através dos  alimentos, água ou do ar que respiramos, e assim a força vital está naturalmente  presente em nós.
Da mesma maneira que possuímos um corpo físico com seus  órgãos e funções, também possuímos um corpo energético, chamado comumente de  corpo sutil. Dentro da filosofia do Yoga, essa estrutura é denominada  pranamaya kosha, “o corpo feito de prana”. Este kosha (a palavra  literalmente significa bainha, estojo, invólucro) atua em conjunto com todas as  funções físicas; criando, regulando e transformando a matéria de nossos corpos.  O pranamaya kosha é na verdade um campo eletromagnético onde circula a energia,  sendo assim invisível ao olho humano.
O conhecimento sobre este campo  eletromagnético é que deu origem ao que chamamos de aura, um conceito muito  freqüentemente mal-explicado e mal-interpretado. É nesse corpo energético  também, que se encontram os chakras e atuam os pranayamas (exercícios  respiratórios) que executamos nas aulas.
Basicamente, quando falamos de  prana estamos falando da energia vital em sua totalidade, seja qual for o seu  estado ou função. Porém, dentro do conceito de prana, existem cinco tipos ou  estados, os cinco prana, ou cinco vayu, que são as cinco formas que a  energia vital pode assumir. São eles:
- Prana Prana ou Prana Vayu
 Para dissipar qualquer dúvida: sim, é um tipo de prana que se chama prana! Este vayu relaciona-se a qualquer tipo de absorção por parte do corpo: a inspiração, a assimilação de alimentos, bem como de informações e impressões sensoriais. Prana é responsável pelo fluxo de energia ascendente, ativadora e aquecedora. No corpo energético, ele se concentra entre a garganta e o umbigo.
- Apana Prana ou Apana Vayu
 O apana relaciona-se às liberações de energia “velha”, energia saturada de uso que precisa ser expelida. Controla todos os processos de excreção (suor, urina e fezes) e eliminação (expulsão do dióxido de carbono pela respiração, menstruação e parto). No nível sutil, regula a expulsão das experiências negativas, mentais e emocionais. Apana é responsável pelo fluxo de energia descendente, apassivadora e resfriadora. Sua ação concentra-se no baixo ventre e região pélvica. Curiosidade: É devido ao fluxo de apana que não devemos manter posturas invertidas durante o período menstrual. A inversão completa do fluxo sanguíneo e energético que ocorre em posturas como o sarvangasana (postura da vela) pode dificultar ou impedir a liberação da energia que precisa ser eliminada.
- Udana Prana ou Udana Vayu  Este tipo de prana regula a aplicação de energia necessária para qualquer ação, como por exemplo falar, ficar em pé, andar, executar uma tarefa, etc. Udana governa o crescimento do corpo, e no plano sutil, a evolução do ser. Seu posicionamento no corpo energético é da garganta para cima, abrangendo o pescoço e a cabeça. 
- Samana Prana ou Samana Vayu  Samana trabalha todos os processos de digestão. Rege o trato intestinal, o processamento do oxigênio nos pulmões e a assimilação de experiências mentais ou emocionais. Esta energia opera na região central do abdômen, entre prana e apana. É ela a responsável pela assimilação dos benefícios psicofísicos da prática durante o relaxamento. 
- Vyana Prana ou Vyana Vayu  Este é o vayu da circulação, controlando-a em todas as suas variações: movimentando os nutrientes no corpo, o fluxo de pensamentos e sentimentos, a circulação de sangue, linfa e ar. Ele coordena os outros quatro prana e opera ao longo de todo o corpo. 
Abaixo, uma ilustração com as localizações dos 5 Prana.
Para resumir:
"Pense no corpo como uma máquina: prana absorve o combustível, samana transforma o combustível em energia, vyana faz circular essa energia onde a máquina estiver trabalhando, apana libera os detritos, e udana administra a energia produtiva criada no processo, determinando o trabalho que a máquina está capacitada a fazer."
Cathia Karin Heuser
Abaixo, as direções dos diferentes fluxos de Prana.
O método mais eficiente que o yoga oferece de trabalhar diretamente c om o prana são os pranayamas. Entre todos eles, destaca-se o nadi shodhana, ou respiração polarizada, em que usamos os dedos para formar uma pinça, trabalhando uma narina de cada vez e equilibrando as duas vias. É um respiratório de purificação, que atua tanto na desobstrução imediata das vias respiratórias quanto na limpeza dos canais energéticos, os nadis. Nas próximas postagens, chakras e nadis!
 
 


 
 

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