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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Yoga Sutras de Patanjali II

Segundo post sobre os Yoga Sutras.


Coleção dos Aforismos Yoguis


Livro II - Sadhana Pada - Sobre a Prática


1. Tapas (austeridade ou vigorosa auto-disciplina - mental, moral e física), Svadhyaya (repetição de Mantras sagrados ou o estudo da literatura sagrada) e Isvara-pranidhana (completa rendição a Deus) são Kriya- yoga (yoga em forma de ação).
2. Este Kriya-yoga (deve ser praticado) para gerar o Samadhi e minimizar as Klesas.
3. Avidya (concepção errônea sobre a natureza real das coisas), Asmita (egoismo), Raga (apego), Dvesa (aversão) e Abhinivesa (medo da morte) são as cinco Klesas (aflições).
4. Avidya é o campo de crescimento das outras, sejam elas dormentes, atenuadas, interrompidas ou ativas.
5. Avidya consiste em considerar os objetos impermanentes como permanentes, impuros como puros; miséria como felicidade e o não-Ser como Ser.
6. Asmita é equivalente à identificação de Purusha ou Consciência Pura com Buddhi.
7. Apego é esta (modificação) que segue a lembrança do prazer.
8. Aversão é esta (modificação) que resulta da miséria.
9. Tanto no ignorante quanto no culto, o medo, firmemente estabelecido, da aniquilação, é a aflição chamada Abhinivesa.
10. As sutis klesas são abandonadas (isto é, destruídas) cessando-se a produtividade (isto é, desaparecendo) da mente.
11. Seus meios de subsistência ou seus estados densos são evitáveis pela meditação.
12. Karmasaya, ou a impressão latente da ação baseada nas aflições, torna-se ativa nessa vida ou na vida por vir.
13. Na medida em que as Klesas permanecem na raiz, karmasaya produz três consequências nas formas de nascimento, tempo de vida e experiência.
14. Por razão da virtude e do vício, essas (nascimento, período e experiência) produzem experiências prazerosas ou dolorosas.
15. A pessoa que discrimina, apreende (por análise e antecipação) todos os objetos mundanos como marcados pela tristeza, porque eles causam sofrimento como consequência, tanto nas suas experiências aflitivas, quanto em suas latências e também por causa da natureza contrária das Gunas (que produzem mudanças a todo momento).
16. (É por isso que) a dor que está por vir deve ser evitada.
17. Unindo o Observador ou o sujeito com o visto ou o objeto, é a causa disso que deve ser evitado.
18. O objeto ou o que é passível de conhecimento é por natureza sensível, mutável e inerte. Existe na forma dos elementos e dos órgãos, e servem ao propósito da experiência e emancipaç ão.
19. Diversificada (Visesa), não-diversificada (Avisesa), indicador-somente (Linga-matra), e aquilo que não tem indicador (Alinga), são os estados das Gunas.
20. O Observador é o conhecedor absoluto. Apesar de puro, modificações (de Buddhi) são testemunhadas por ele como um espectador.
21. Servir como um campo objetivo para Purusha, é a essencia ou natureza dos objetos conhecíveis.
22. Apesar de deixar de existir em relação àquele que preencheu seu propósito, os objetos conhecíveis não deixam de existir por serem úteis para outros.
23. Associação é o meio de realização da verdadeira natureza do objeto do Conhecedor e do Possuidor, o Conhecedor (isto é, o tipo de associação que contribui para a realização do Obse rvador e do observado é esta conexão).
24. (A associação tem) Avidya ou ignorância como sua causa.
25. A ausência da associação que advém da falta dela (avidya) é liberdade, e este é o estado de liberação do Observador.
26. Conhecimento discriminativo, claro, distinto (desimpedido) é o meio para a liberação.
27. Sete tipos de insight vêm a ele (o yogui que desenvolveu a iluminação discriminativa).
28. Através da prática dos diferentes acessórios do yoga, quando as impurezas são destruidas, advém a iluminação, culminando na iluminação discriminativa.
29. Yama (restrição), Niyama (observância), Asana (postura), Pranayama (regulação da respiração), Pratiahara (restrição dos sentidos), Dharana (fixação), Dhyana (meditaç& atilde;o) e Samadhi (perfeita concentração), são os oito meios de se alcançar o yoga.
30. Ahimsa (não-violência), Satya (verdade), Asteya (abster-se do roubo), Brahmacharya (continência) e Aparigraha (abster-se da avareza), são as cinco Yamas (formas de restrição).
31. Estas (as restrições), no entanto, são um grande voto quando tornam-se universais, não sendo restringidas por qualquer consideração de classe, lugar, tempo ou conceito de dever.
32. Pureza, contentamento, austeridade (disciplina mental e física), svadhyaya (estudo das escrituras e recitação de mantras) e devoção a Isvara, são as Niyamas (observâncias).
33. Quando estas restrições e observâncias são inibidas por pensamentos perversos, o oposto deve ser pensado.
34. Acões que advém de pensamentos perversos, como injúria etc, são realizadas pela própria pessoa, por outras ou aprovadas; são realizadas tanto pela raiva, quanto pela cobiça ou pela desilusão; e podem ser fracas moderadas ou intensas. Saber que são causadas por uma miséria e ignorância infinitas, é um pensamento-contrário.
35. Na medida em que o yogui se torna estabelecido na não-injúria, todos os seres que se aproximam (do yogui) deixam de ser hostis.
36. Quando a maneira de ser é verdadeira, as palavras (do yogui) adquirem o poder de fazerem-se frutíferas.
37. Quando o não-roubo é estabelecido, todas as jóias se apresentam (ao yogui).
38. Quando continência é estabelecida, Virya é adquirida.
39. Atingindo perfeição nas Yamas, advém conhecimento da existência passada e futura.
40. Da prática da purificação, desapego com relação ao próprio corpo é desenvolvido, e portanto o desapego se estende a outros corpos.
41. Purificação da mente, setimentos agradáveis, concentração, subjugação dos sentidos e abilidade para a auto-realização são adquiridas.
42, A partir do contentamento, felicidade transcendente é ganha.
43. Pensamentos de destruição das impurezas, prática de austeridades gera perfeição do corpo e dos órgãos.
44. Do estudo e repetição de Mantras, comunhão com a divindade desejada é estabelecida.
45. Da devoção a Deus, Samadhi é alcançado.
46. Uma forma agradável e pausada (de estar) é Asana (postura yogui).
47. Pelo relaxamento do esforço e meditação no infinito (asanas são aperfeiçoadas).
48. Disso vem a imunidade com relação a Dvandvas ou condições opostas.
49. Esta (asana) tendo sido aperfeiçoada, regulação do fluxo da inspiração e expiração é pranayama (controle da respiração).
50. Este (pranayama) tem uma operação externa (Vahya-vrtti), operação interna (Abhyantara-vrtti) e supressão (Stambha- vrtti). Isto ainda, quando observado de acordo com espaço, tempo e número torna-se longo e sutil.
51. O quarto pranyama trnscende operações internas e externas.
52. Através disso, o véu sobre a manifestação (do conhecimento) é rarefeito.
53, (Então) a mente adquire condições para Dharana.
54. Quando separados de seus objetos correspondentes, os órgãos seguem a natureza da mente (no momento), isto é chamado Pratyahara (restringir os órgãos).
55. Isto gera supremo controle dos órgãos.

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